sábado, 26 de janeiro de 2008

Basta de Homofobia

Mais um crime de homofobia (ódio e aversão a homossexuais) em Cabo Frio.

Mais um cidadão que morre vítima da intolerância em nossa cidade. Até quando as autoridades competentes vão tratar crimes de homofobia como crimes sem importância?

Nos últimos dois anos, o nosso município teve quatro crimes dessa natureza.

Uma jovem de 16 anos assassinada com varias perfurações na cabeça; uma travesti morta a tiros no Largo do Itajurú; no feriadão de 12 de outubro, um turista da capital desapareceu após sair de uma boate da cidade e o corpo foi encontrado somente10 dias depois, sem pertences.

Mas o crime ocorrido com Lanning Repes, de 59 anos, é um caso clássico de homofobia, onde o criminoso dá sinais de psicopatia. Nada foi roubado, só a vida desse homem da meia idade que colabora com estatísticas assustadoras sobre a intolerância e o ódio aos homossexuais.

Mesmo em meio a comemorações significativas na conquista de uma sociedade mais igualitária, quando conseguimos aprovar na câmara municipal a lei antidiscriminação, ainda temos que estar atentos e vigilantes, porque a raiva de uns poucos, ainda é algo que contribui para a impunidade de um país que sequer permite a aprovação de uma lei federal que puna os crimes de homofobia com cadeia ao criminoso.

O Governador Sergio Cabral assinou um pacto com o movimento GLBT, e vem cumprindo cada um dos itens, e lançará em abril o programa Rio Sem Homofobia, onde a cidade de Cabo Frio tem representante do Grupo Iguais na Câmara Técnica auxiliando na elaboração de políticas públicas que protejam essa camada da sociedade que continua sendo marginalizadas por causa da orientação sexual.Acreditamos que a partir dessa iniciativa, teremos uma polícia mais sensibilizada, e principalmente, continuidade nas investigações para acabar com a impunidade.

Esperamos que nesse horrendo crime seja criteriosamente investigado. Chega de engodo! Criminalização da Homofobia, já!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Chuvas de Verão: eu tenho medo!

As chuvas de verão sempre foram algo de me causar medo, desde a infância. Até porque sempre trovoa muito, e relampeja ainda mais. Não gosto de pensar que tem muita gente desabrigada, passando sufoco com telhado vazando, presas nas inundações, desabrigadas de suas casas, enfim, toda sorte de situações que as chuvas de verão trazem consigo.
Cabo Frio também está sofrendo como há muito não víamos. Diversos bairros da cidade alagaram.
Meterologistas afirmam que a maré alta combinada com chuvas fortes teria provocado os alagamentos.
Esses dois ingredientes serviram para jogar areia na sopa do prefeito Marquinho Mendes e mel na do deputado Alair Corrêa.
O prefeito foi às ruas de capa amarela e galocha nos pés se meteu nas inundações e ficou junto com a Defesa Civil e outros secretários vistoriando os locais mais prejudicados no município.
Na realidade, depois que a água "derramou", pouco se pode fazer. Mas ele foi feliz na decisão.
O povo quer ver isso mesmo! Que o prefeito saia do gabinete e participe da rotina da cidade, faça sol ou MUITA CHUVA. Aliás, principalmente nos dias de chuva.
Mas em meio a tudo isso, claro de o fato foi explorado politicamente pelo deputado Alair, que através dos seus veículos de comunicação, tem despejado "chumbo grosso" em Marquinho.
Nessa altura do campeonato até pisão no pé tem sido notícia, quanto mais enchentes.
Vale destacar que a eleição acontece daqui a nove meses, até lá, haja paciência.
Mas como eu estava dizendo...o que me preocupa mesmo são as pessoas que passam sufoco nesses dias de chuvas e "muitas trovoadas”.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Sugestão de Pauta

Estamos acatando sugestão de pauta para o nosso programa na Cabo Frio TV.
Se vc tiver uma boa ideia de matéria mande a sua sugestão via comentários no blog ou no e mail recrisol@ig.com.br

Cabofolia 10 anos - é para comemorar ou lamentar?

Esse final de semana Cabo Frio recebeu a 10ª edição de um dos principais eventos da cidade - o Cabofolia.
Com uma programação bem abaixo das expectativas dos micareteiros, desde quinta-feira passada, a cidade inteira respirou este evento. Todos os olhos voltados para aquele que pretende ser o mais importante acontecimento do verão.
Diante de tantas certezas: geração de empregos, movimentação turística, cobertura da imprensa; enfim, a dúvida da qualidade e da relação custo benefício ainda é algo que assombra a cabeça da população local, da imprensa e dos formadores de opinião.
Enquanto os produtores se esforçam para velar essa situação, a realidade ainda é: até que ponto esse evento agrada a maioria?
O desprestígio que a imprensa local sofre por parte dos organizadores é algo vexatório. Embora boa parte dos membros da produção do evento acreditem que os jornalistas da região são profissionais menores, ou insignificantes, o que se viu foi a presença de uns poucos companheiros locais(dentre eles eu!) tentando a duras penas executar o seu trabalho sem o respeito que cabe aqueles que dão visibilidade a esse evento.
Nós que realizamos um trabalho de informar durante o ano todo o cidadão morador da Região dos Lagos, sabemos que o público quer ver o que acontece nos glamorosos e "caríssimos" camarotes VIP's do evento. Para poder mostrar para aquele cidadão que não dispõe de R$ 150,00 a R$ 450,00 para tal luxo, os programas de TV local podem ser a chance de apreciar e quem sabe, investir na diversão no ano seguinte.
Mas eis que não se pode entrar! Não somos a Rede Globo - que aliás fez a cobertura do Festival de Verão de Salvador - portanto, não podemos entrar!
Sim amigo telespectador. Agora, de repente, não somos mais úteis para os organizadores do evento.

Para piorar a situação, fazer o cadastramento foi um suplício, mostrando o desrespeito pelos profissionais que trabalham com equipamentos sofisticados de mais de R$ 6 mil, que tiveram que atravessar uma "manada" de gente se espremendo para entrar na área de acesso.
Uma companheira fotógrafa teve o seu equipamento de mais de R$ 800,00 roubado na sexta-feira no tumulto do empurra-empurra da entrada. Um pesadelo de trabalho, e além de não receber, ainda perdeu seu ganha pão. Quem responderá por isso?

Durante a cobertura da imprensa o que se viu foi grosseria e despreparo por parte da equipe de apoio - especialmente os seguranças.
Na noite de sábado, foi o maior público do evento. Durante o show do Babado Novo e Netinho, a chuva resolveu punir ainda mais tanta desorganização. O camarote OFicial estava sem cobertura. As pessoas que pagaram R$ 150,00 pela entrada ficaram ao relento. Foram centenas de pessoas encharcadas e indignadas reclamando do descaso dos organizadores.
Em meio ao caos, recebemos um pedido de um folião para que fizéssemos a matéria. Fizemos e fomos imediatamente repreendidos por um bronco membro da produção que arrancou brutalmente a minha credencial do pescoço depois de impedir o cinegrafista de capturar imagens alusivas ao fato. O referido produtor impediu que continuássemos a fazer a reportagem posicionando-se em frente a câmera. Quando questionado sobre o conhecimento da Lei de Imprensa, ele imediatamente arrancou a minha credencial e me ameaçou dizendo que eu seria expulsa do local, mandando que um segurança me colocasse para fora das instalações do Espaço de Eventos.
Essa, sem dúvidas, foi a maior gafe da história desse evento. Imagens da Cabo Frio TV(canal 10 - Costa do Sol) serão exibidas essa semana mostrando a agonia e decadência do evento.
E se para os realizadores do Cabofolia e os proprietários dos camarotes VIP's nós somos imprensa menor que não merece livre acesso, aí vai a minha resposta.
Para mim, que não aprecio micaretas nem axé music, a ida a esse evento deve-se ao fato inegável de maior repercussão na cidade. Se apenas a Cabo Frio TV e outras do mesmo porte cobrem é porque a Rede Globo está cobrindo um evento de grandes proporções(repito:Festival de Verão de Salvador) que aliás, não há espaço para produtores amadores.
E da mesma forma que os produtores e empresários de Cabo Frio nos acham imprensa menor, nós também os consideramos produtores menores, afinal, se somente a Globo dá credibilidade ao jornalista profissional, na minha opinião, só a realização de micaretas e grandes festas em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador são vitrines para Grandes Produtores. Já os produtores menores fazem como jornalistas menores - trabalham no interior, juntinho conosco.....